Olhos Esmaecidos
Dias cinzas insistem
Em fazer da poesia
Um riacho.
Um cacho de flores
Ornamentando os meus
Olhos,que de azuis,se
Tornam cinzas.
Azul acinzentado.
Penumbra ou prenúncio,
Cachos de sonhos...
Cascatas de sedes
Secas na garganta.
Dias esmaecidos
Cores mornas,de
Tórridas lembranças.
A aquarela da vida
Quer pintar novamente
Esse azul tão triste.
Quem sabe, o que insiste
Dentro de mim se renove
E se lá fora chove...
Vou chover também
Lavar a alma e cantar
Um canção...
Ou apenas um refrão,
Pincelado de azul.