Na poeira dos sonhos
As noites silenciosas pedem, pedem, pedem por saber amar
Pedem até se tornarem madrugada, e eu continuo sem saber de nada
Esses silêncios se materializam muito mais do que os meus sonhos.
Derrama o teu amor pela minha garganta abaixo
Como mel pelas flores da noite eu peço, me ame
Pois eu não conheço mais a solidão, ela é quem me conhece
Me tire daqui, rasguemos as estrelas com os nossos nomes
Façamos um Estado interventor de sonhos no fim do universo que encontrei em seus olhos
Como se faz? Como? Eu quero saber amar
Até agora só amei a sonhos, e nenhum deles me correspondeu
Sonhos nunca correspondem a ninguém
Os pesadelos são menos destruidores.
Me leve pelo rio infinito e prometa, prometa que é de verdade
Prometa que você não se desintegrará em poeira de sonhos quando eu acordar chorando e soluçando como se o inferno estivesse lutando para sair da minha garganta.