Noite vazia
A noite fria na rua vazia
Tao muda e sem destino
Em luz pálida e solitária
Esparzida no branco vidrificado
Da neve insencível e escorregadiça
Gemidos mudos sufocados
De pes que pisam o azul cobalto
No concreto duro do asfalto
A noite é longa e tudo se esconde
Nas recamaras do isolamento
Horas que esperam ansiosas
Em murmúrios de marcação
Pelo despertar do gigante
Quem vem cruzando o quadrante
Na insolência do poder dourado
Por um novo dia esperado