Uma solidão, uma vida...
Você se nega a se encontrar
Confunde o querer pelo necessário
Senta ao lado de idéias mórbidas, absurdas
O monólogo é só um aspecto nítido de sua solidão
Você se pergunta
Para onde meu barco navega?
Para onde eu estou indo?
Vezes ou outras, caminha em uma ponte
E ela passa por águas sujas
Você se senta, e se encolhe em si
A tristeza marca, tudo a sua volta perde a cor
Todo dia ao acordar
Sente as amarras ainda em seus braços
Um peso está em suas costas, você vê?
Em espelhos, sorrir para si como dose de algum remédio
Tenta ludibriar, escreve mentira
A canção que vem de longe
Não acalma nem uma planta
Perpétuo, toma café morno com sua sombra
Almoça com seu ego
Entorpecido de pessoas nas quais não somam
Cansado, prostrado
Vivendo um dia, e a cada dia, mais sem sabor
Nas fronteiras da realidade
Seu muro foi levantado
Seus olhos se afastam
E uma voz ao fundo da alma
Sempre pede pra você se conformar
E você, sempre fraco
Deita em uma cama de rosas com espinhos
E em um sono gélido
Dorme como alguém que nunca acordou
A solidão tem vivido a sua vida
Ela consome
Ela destroe
Ela te acompanha todo dia
Você percebe que precisa de ajuda?
Sim, você precisa...