Uma solidão, uma vida...

Você se nega a se encontrar

Confunde o querer pelo necessário

Senta ao lado de idéias mórbidas, absurdas

O monólogo é só um aspecto nítido de sua solidão

Você se pergunta

Para onde meu barco navega?

Para onde eu estou indo?

Vezes ou outras, caminha em uma ponte

E ela passa por águas sujas

Você se senta, e se encolhe em si

A tristeza marca, tudo a sua volta perde a cor

Todo dia ao acordar

Sente as amarras ainda em seus braços

Um peso está em suas costas, você vê?

Em espelhos, sorrir para si como dose de algum remédio

Tenta ludibriar, escreve mentira

A canção que vem de longe

Não acalma nem uma planta

Perpétuo, toma café morno com sua sombra

Almoça com seu ego

Entorpecido de pessoas nas quais não somam

Cansado, prostrado

Vivendo um dia, e a cada dia, mais sem sabor

Nas fronteiras da realidade

Seu muro foi levantado

Seus olhos se afastam

E uma voz ao fundo da alma

Sempre pede pra você se conformar

E você, sempre fraco

Deita em uma cama de rosas com espinhos

E em um sono gélido

Dorme como alguém que nunca acordou

A solidão tem vivido a sua vida

Ela consome

Ela destroe

Ela te acompanha todo dia

Você percebe que precisa de ajuda?

Sim, você precisa...

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 27/03/2018
Código do texto: T6292042
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