O homem sem perspectivas
Por baixo de suas vestes,
Há ferimentos em podridão...
Refém de suas próprias pestes
Ancorado em escuridão!
Das feridas escorrem pus;
Lágrimas dos olhos, não!
E por baixo de seu capuz
Seus olhos recônditos,
Que não lhe escapam luz;
São um retrato de sua introversão.
Resignado à uma atraente messalina
que lhe seduz;
A solidão!
Que esvaia seu estoque de dopamina
E te conduz;
A uma “autognose por extorsão”.
Uma dose de whisky bebida
É como um gole a mais de vida
Um trago,
num cigarro,
as escondidas;
É como morfina nas feridas.
É como soprar pouco a pouco seu fardo pro ar!
Porque sentir-se vivo é melhor do que estar.