SEM RUMO!
Estou novamente sem rumo e sem destino,
As escoras que me deram sustentação,
Foram-me arrancadas, sem dó e sem coração,
Como, se de uma salada, se retirasse o pepino!
A vida ficou incolor e desbotada,
As flores perderam todo o seu colorido,
Eu, me afundo, quieto e sem alarido,
Para não perturbar mais o que vem do nada!
Sinto-me outra vez, inútil e ambivalente,
Sem saber se volto ou ando para a frente,
Pois nada mais me aponta o caminho!
Perdi o Norte em minha bússola mental,
Acho que me torno um completo animal,
A vagar pelas noites, procurando um novo ninho!