Casa de Barro

Eu sou a lacuna

O que sei, deixei

Minha alegria pula dos olhos,

Estaciona nas bordas do teu tempo

E sem tempo

Assisto o dia, assisto a noite

N'um coração barulhento...!

As pérolas são bolhas de sabão ao vento, que tentei pegar

Inda antes do sol clarear as cortinas

Acordarei, mas não chore, querubim de barro!

Assim vai parecer melancólico o meu sentir

Enquanto os tempos correm, vivo

Se corro a esconder-me das palavras

A encolherme, e nas teias prisioneiras...

Não, não!

Inda sou moça das realezas

E o tempo escorre lento pelas páginas

Desmanchando minhas casas de barro

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 21/08/2018
Reeditado em 21/08/2018
Código do texto: T6425890
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