TRIBUTO AOS SENTIMENTOS PRESOS
TRIBUTO AOS SENTIMENTOS PRESOS
Estou presa no “meu tempo”
Limitada nesse espaço,
Nesse mesmo ambiente,
Não vejo as horas completas
Não vivo as horas,
Delas já não desfruto,
Sou como equipamento quebrado,
Máquina nova com defeito,
Bússola ou relógio?
Cronômetro ou ponteiro?
Quem marcará “meu tempo”?
Qual a colocação que estou?
Porque corro tanto?
Se nem ao menos sei para onde vou?
Se olhar pra trás nada vejo
A minha frente só um horizonte,
Distante de tudo estou...
Ferreira Gomes, Martiniana
(03/12/2004)