Eu hei de voltar

Deixe-me aqui enterrada

Dentro do meu orgulho

Assim morro no ápice

Da minha estupidez

Deixe-me essa imaturidade

Tou em crises da existência

Dessa plena incoerência

Infiltrada nos meus dilemas

Da minha incensatez

Vivo no esplêndido

Do meu elo perdido

Nos labirintos distintos

Viajo na dor

Que passa de flor em flor

Deixe minha acidez

Entrar na corrente sanguínea

Em repetidas gotas

De sentimentos afogados

Nos abismos por mim criados

O laço se desfaz

E me deixo rebobinar

Como roda gigante

Eu sei que das cinzas

Eu hei de voltar

Claudeth Oliveira
Enviado por Claudeth Oliveira em 15/09/2018
Reeditado em 15/09/2018
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