Escuro

No escuro

Tomo um gole de cirrose

Agravo minha cifose

Peço ao caos mais uma dose

E a derramo na necrose

No que sobrou de sanidade

Dum garoto da minha idade

Que manipula sua verdade

Almejando uma equidade

Que ao infortúnio foi jogada

No azar fez morada

De radiante alvorada

Hoje não restou mais nada

E na densa realidade

Afaga-me, a saudade

Dos tempos de hombridade

Ante à solidão que invade

E intensa é minha neurose

Ponho-me em hipnose

Me levando pela gnose

Da profunda psicose

Do escuro

Gabriel Luiz
Enviado por Gabriel Luiz em 26/09/2018
Código do texto: T6460539
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