Solidão
A solidão da noite é deveras tão devassa, invade a alma e me sufoca.
Ali no insulamento me debato, num feito quase insano.
Mil pensamentos mundanos me cingem e bailam comigo.
A solidão da noite é um refúgio, um abrigo, receptáculo que encarcera e me abandono.
E num ato insensato que me tomo, percebo que a solidão da noite é o meu melhor consolo.
Na inação da madrugada a espreita o desnudo "sonho" ah, este nem sempre me visita, ou se quer se aconchega no meu leito.
Por inúmeras vezes vago a esmo...
A solidão da noite me usurpa e valsa comigo num acorde cricrilar de grilos e fulgores de pirilampos. Por entre os laços... os entantos, o lhano apelo sensato.
"Que na escuridão o vazio desvaneça, que no esmorecer da noite o coração se atine. Que os desguarnecidos olhos não entreguem o que nego com veemência que a solidão avassalou minha essência."