Solidão

A solidão da noite é deveras tão devassa, invade a alma e me sufoca.

Ali no insulamento me debato, num feito quase insano.

Mil pensamentos mundanos me cingem e bailam comigo.

A solidão da noite é um refúgio, um abrigo, receptáculo que encarcera e me abandono.

E num ato insensato que me tomo, percebo que a solidão da noite é o meu melhor consolo.

Na inação da madrugada a espreita o desnudo "sonho" ah, este nem sempre me visita, ou se quer se aconchega no meu leito.

Por inúmeras vezes vago a esmo...

A solidão da noite me usurpa e valsa comigo num acorde cricrilar de grilos e fulgores de pirilampos. Por entre os laços... os entantos, o lhano apelo sensato.

"Que na escuridão o vazio desvaneça, que no esmorecer da noite o coração se atine. Que os desguarnecidos olhos não entreguem o que nego com veemência que a solidão avassalou minha essência."

Geovana Farias
Enviado por Geovana Farias em 15/12/2018
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