AMPULHETA
Areias, no romper das ondas, ritmo intenso.
Selando o destino, fardo, rotina e rebento.
As ondas vão e vêm, as areias ficam.
Mar revolto, ondas fortes quebram na praia.
As areias ficam.
Areias, no soprar das brisas, ritmo do vento.
Leves e esfareladas, cedem a cada nova brisa,
Em sereno, tranquilo e lento consenso.
Dia após dia, ano após ano,
novas dunas criadas ao bailar do vento.
Só as ondas permanecem no mar que evapora.
Minuto a minuto, eis a lição do tempo.
Esse poder revolucionário a quebrar qualquer resistência.
Desde a dor à solidão.