Solidão

Um mundo de gente ao meu redor

E sinto-me tão só!

Nada vale uma multidão

Se não temos quem queremos.

É tão relativo tudo na vida

Extremos são tão irreais quanto desconexos

Não há como fugir de nós mesmos

Por mais que queiramos esta fuga realizar.

Mas por mais que me sinta sozinha aqui

Não estou só no sentir

Pois tal como eu sinto

Um universo inteiro sente-se assim igualmente só.

Paradoxo do ser que insiste viver

Mais o ter que o ser.

Quem assume o sentir?

Quem quer arriscar-se na vida

E afirmar ser humano?

Ninguém! Nem eu mesma! Pior você!

Francilangela Clarindo

Francilangela Clarindo
Enviado por Francilangela Clarindo em 19/01/2019
Código do texto: T6554644
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.