EM PIRUETA E CAMBALHOTA

Brisa fria que alça

em pirueta e cambalhota,

Ateia, irrompe e entorta,

dá nota à porta,

qual inda cerrada,

canta a aura

na fresta apertada.

Sinfonia afoita,

quebrantada!

Tons de pouca ciência,

rompem a sala

ornada, taciturna,

imódica, insensata.

Assusta a fleuma,

justo esta que armara,

em tempo infeliz

que sua voz calara.

Era da expiação,

maré da amargura.

Dias de solidão,

gota consternada,

badalada de dor,

na área decorada.

Brisa fria que alça

em pirueta e cambalhota…