PAREDES INCONVENIENTES
 
Vomito
Palavras dissonantes para paredes inconvenientes
Nas noites em que o tempo
Escurece as saídas e ilumina trilhas
Para lugares desconhecidos
 
Aspiro
As inúteis palavras que recebo gratuitamente
E construo o poema impertinente
Que não mancha nenhum pergaminho
Pois a página em branco diz muito mais
Que meus ais ritmados nos versos contorcidos
 
Evito
As janelas que me revelam qualquer vida
E qualquer espinho torturante
Já estou a séculos fazendo as malas
Querendo partir em busca dos paraísos
Que a TV me vende

 
Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 20/04/2019
Reeditado em 20/04/2019
Código do texto: T6628091
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