A SOLIDÃO DOS MEUS DESAMORES

Ao longo dos dias que desfalecem em minha visão

Minha alma pálida e entristecida de desamores

Provoca em meus pensares intermináveis tempestades

Que se alimentam dos meus infortúnios sonhos

Quando o sol sopita e a lua cheia se faz presente

Deito-me no telhado contemplando as infinitas galáxias

Converso em imaginação com as estrelas da via láctea

Como se escutassem os bramidos do meu coração

Dilacerado pelas mágoas inconstantes da minha solidão

Meus fantasmas, meus amores perdidos

Mulheres que jurei em leitos de conjuras de amor

Cujos corpos ardentes prediziam afeição eterna

E seus versos,

Ah suas prosas desfaleciam em meus beiços…

Oh! Quantas memórias o florir dos céus me revela

O luar, as estrelas e os pequenos vaga-lumes

Circundam em meu rosto de angústia

Meus eternos amores, minhas perdidas amantes

Enquanto a noite beija a alvorada que escurece

Eu canto alto em todos os cantos

As cantigas mais macabras dos meus dessabores

Então, sozinho, chorei rios de lágrimas

Chorei ate perder todo o fôlego

E, enquanto o sol surgia no oriente

Com voz seca e muda em meus lábios entreabertos

Meus olhos escureceram…

ÁLVARO DOS REIS
Enviado por ÁLVARO DOS REIS em 25/05/2019
Código do texto: T6656580
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