A SOLIDÃO DOS MEUS DESAMORES
Ao longo dos dias que desfalecem em minha visão
Minha alma pálida e entristecida de desamores
Provoca em meus pensares intermináveis tempestades
Que se alimentam dos meus infortúnios sonhos
Quando o sol sopita e a lua cheia se faz presente
Deito-me no telhado contemplando as infinitas galáxias
Converso em imaginação com as estrelas da via láctea
Como se escutassem os bramidos do meu coração
Dilacerado pelas mágoas inconstantes da minha solidão
Meus fantasmas, meus amores perdidos
Mulheres que jurei em leitos de conjuras de amor
Cujos corpos ardentes prediziam afeição eterna
E seus versos,
Ah suas prosas desfaleciam em meus beiços…
Oh! Quantas memórias o florir dos céus me revela
O luar, as estrelas e os pequenos vaga-lumes
Circundam em meu rosto de angústia
Meus eternos amores, minhas perdidas amantes
Enquanto a noite beija a alvorada que escurece
Eu canto alto em todos os cantos
As cantigas mais macabras dos meus dessabores
Então, sozinho, chorei rios de lágrimas
Chorei ate perder todo o fôlego
E, enquanto o sol surgia no oriente
Com voz seca e muda em meus lábios entreabertos
Meus olhos escureceram…