Noites a dentro

Tacanha madrugada,

Meus passos, cortam a rua

Em disparada...

Enquanto, meus pensamentos,

Buscam se abrigar em mim.

Cansado, como meus olhos,

Que buscam e, não enxergam,

Esta rua, que não tem mais fim...

Solução as sombras,

Escondidas, atrás dos postes...

Denunciando as outras,

Que, me perseguem noite adentro...

Noite, nome lindo,

Como a face bela, daquela que me viciou,

Na vida, em uma viela

E, me deixou nu, a mercê,

Da trapaceira sorte...

Sem ônibus, sem direção,

Perdido pela cidade,

De carona, no cangote do vento,

Tomando da brisa,

Tapa na cara, e ouvindo dos gatos vira-lata,

Essa tal canção...

Enquanto sigo, por está rua sem fim,

Em plena madruga,

Ouvindo, o que a solidão compôs

E, a lua assoviou para mim...