O Menestrel

De que adianta correr,

Muito menos se esconder

em esconderijo de maldição?

Que maldita visão...

me enganou, pois sendo eu

apenas sonhador,

quem a mim diria palavras?

Palavras eternas, confortantes,

“Assim como Deus parabéns o mal”

me disse, alguém, uma vez, tchau...

não contesto nem por instantes,

nem subestimo malditos aspirantes...

E de que vale sonhar

se já condenado for?

E o menestrel não canta mais o canto

da vitória em prantos...

Logo, viver como romântico,

Como pode? Sem romantismo

Nem estampido...mas sempre indigno...

Então, pois, como há de ser

maldição eterna ?

É viver, poeta...

Sousandrade
Enviado por Sousandrade em 07/10/2007
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