polaroid.
quando você quiser ouvir música,
eu sou aquela velha vitrola,
onde um disco arranhado gira,
sussurrando ruídos sujos pelo quarto.
quando você quiser ler um livro,
eu sou aquele exemplar desbotado,
cheio de ácaro e traças,
amarelado pelo tempo, parado na estante.
quando você quiser ver um filme,
eu sou aquele clássico em p & b,
aquela história que ninguém conhece,
ou um roteiro clichê que ninguém mais vê.
quando você quiser guardar uma memória,
eu sou aquela foto instantânea,
ao seu alcance, a qualquer hora,
mas que desaparece com o tempo.
este poema se desintegrará (na sua mente) em alguns segundos.