Sabor de Uma Lagrima

Sem desejos e sem esperanças

Aguardando em silencio o inevitável final

Vendo o sonho se desfazendo aos poucos

Como a claridade ao anoitecer

Lagrimas correm nesses olhos fundos

Aquecendo minha face durante seu escorrer

Temendo o amanhecer, se escondendo do frio

Olho a minha volta mas não vejo ninguém

Nem espelhos conseguem refletir minha imagem

Não há mais sonhos, Não há mais palavras

Só este silencio monótono e agonizante

Chora a alma de um ser errante

A distorção mostra uma fera incompreendida

Mas ali dentro há uma alma que quer sobreviver

Olhos profanos não sabem que a beleza é distorcida

E que o verdadeiro valor está na alma de cada ser