Solidão

Alma como trapo ao vento.

Dor de campos que já foram floridos

E ver secar cada rosa que abriu

E ver cair a solidão e o tempo

Lago de hortências a flutuar

Desamparo de um coração a chorar

Solidão que acompanha e se faz sombra

Num dia de luz, numa noite de luar

Multidão, vozes que soam indefinidas

Olhos que se cruzam, braços que se abraçam

Beijos apelantes de Judas se estilhaçam

Numa alma triste que se arrasta ferida

Esperança sobe ao céu, dá voltas ao mundo

Desce os mares, atravessa oceanos

Reflete no azul uma cor sem sentido

Solidão que aflora na pele e vem lá do fundo

Minnie Sevla/Ramgad

Minnie Sevla
Enviado por Minnie Sevla em 10/10/2007
Código do texto: T688345
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