RAPTO CONTÍGUO

A esperança

tornou-se âncora,

a vida se transverteu

em um estado de coisas

que não estão.

Quando tudo se afastou

para longe do mundo?

O rapto do significado,

essa Síndrome de Estocolmo

devora minha psiquê!

A doença se espalha...

Incoerentemente,

assim eu penso,

só o que não existe está.

Ausência e solidão

é tudo o que vive.

Do lado de fora:

Cacofonias sem sentido,

discursos sem alma

antipática antiprática;

O eu, contínuo assim,

continua.

Ponto final

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 10/03/2020
Código do texto: T6885158
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