Caos

Talvez o sopro de vida seja o caos.

O caos que se instala no meu caminhar

indirecionado e solto.

Deixam pegadas que se perdem na tempestade.

Conhecem dores que fermentam na saudade.

Um andar solitário na multidão

Um choro calado em gritos silenciados

Por pastilhas atenuantes da coita

que tenta corroer meu amargurado coração.

O caos instalado na alma

de um corpo absolutamente teatral

que muito sorri escandalosamente

enquanto o interior barulhento soluça,

num choro de quem finge estar contente.

Leticia Souza
Enviado por Leticia Souza em 10/05/2020
Código do texto: T6943519
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