ABULIA

Pelas narinas um suspiro estilhaça o canto mudo das borboletas

Em brisas imaginárias que existem, posto que pensa.

Implantes vertiginosos de alma e espaço

Cotovelos que apoiam incertezas.

Sem saber como queres que te queira,

Suspendes passados como lareiras.

Faíscas caem sobre o teto do outro

Que arde sem saber o porquê queima.

Quando falas que muito dizes em teu calar,

são como janelas que abres para que te vejam.

- O que diria o outro, caso veja?

Decerto ficaria confuso

Sem saber o que desejas.

RENIE RAZ
Enviado por RENIE RAZ em 16/06/2020
Código do texto: T6978758
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