Sozinho e sem ver a vida passar

A Vida Pulsa

Moro no mesmo lugar

Há mais de dez anos

E todos os dias vejo

Ouço, Sinto, Respiro

Todas as manhã

Os mesmos movimentos.

Não há mais árvores

Não há mais sombras

Tampouco água corrente.

Só o canto mavioso

Das aves diurnas

Ecoa de alegria

Pelo nascer do dia.

Comemoram a chegada

Do sol que vivifica

No entanto, eu não via

Nem mesmo percebia

Que a vida mágica e frágil

Em se mostrar insistia.

Com o passar do tempo

Do alto da soberbia

Através de um olhar

A vida passando eu via

Sem que nada daquilo

Me fizesse ter alegria...

Salvador/Ba, 26 de outubro de 2004

Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 17/10/2007
Código do texto: T697916
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