Tempo da delicadeza

Manhãs consumidas

Sem uma gota de prosa

Dissimula os discursos da tolerância.

Debruço na folha em brando

Pontes partidas no meio,

Erguidas sobre estatuas de areia,

Monólogos de passos largos

Com olhos fundos e tristes.

Essas manhãs não cessam, mas serram

O abstrato num mistério constelar inefável

No profundo som das flores

Vestidas todas com o tempo da delicadeza.

Jane

São Paulo. 16/07/2007

(...) ao som dos acordes voando só:

Ando só. – Engenheiros do Hawai

Ando só, pois só eu sei aonde ir onde andei.