SOZINHO DE TI
Ontem, olhando nossos retratos,
Resgatei um pouco de mim.
Estava perdido na imensa
Amplidão de meus férteis
Pensamentos...
Repensei fatos antigos,
Alguns esquecidos
Mas que sempre me vêm à tona
Quando me sinto só,
Sozinho de ti...
Em gestos mecânicos
Que muitas vezes tento reprimir,
Quero você.
E nesse profundo querer
Fico loucamente vulnerável!...
Mas na verdade,
Eu gostaria mesmo
Que estivesses ao meu lado
No alvorecer das minhas/nossas
Primeiras rugas...
De estar contigo enfim
E que teu rosto fosse pra mim
O primeiro
De todas as manhãs da vida,
Da nossa vida...
E também (e principalmente),
Que fosse o último
Quando finalmente
A morte vier brincar
De me esconder!...
Aracaju/SE, 30/04/2003