SOLIDÃO

Escuta meu eco tristonho

Nas horas de loucos delírios,

Roubastes depressa meus sonhos

Fazendo da vida, martírios.

Solidão, tu sempre me encontras

Em noites vazias e tristes,

Tu sabes o quanto me aprontas

A minha sentença tu viste.

Sozinho com meus devaneios

Procuro de tudo esquecer,

Não posso pois voltam os anseios,

Na angústia não sei que fazer.

Eternos e tristes momentos

Que sozinho me faz delirar,

Chegam os meus sentimentos

E foge meu sóbrio pensar.

No silêncio das horas amargas

Que surge com a solidão,

Desfaço enfim as amarras

Que prendem o meu coração.

10/12/1991

Manoel de Paula
Enviado por Manoel de Paula em 23/07/2020
Código do texto: T7014371
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