SOLIDÃO
Escuta meu eco tristonho
Nas horas de loucos delírios,
Roubastes depressa meus sonhos
Fazendo da vida, martírios.
Solidão, tu sempre me encontras
Em noites vazias e tristes,
Tu sabes o quanto me aprontas
A minha sentença tu viste.
Sozinho com meus devaneios
Procuro de tudo esquecer,
Não posso pois voltam os anseios,
Na angústia não sei que fazer.
Eternos e tristes momentos
Que sozinho me faz delirar,
Chegam os meus sentimentos
E foge meu sóbrio pensar.
No silêncio das horas amargas
Que surge com a solidão,
Desfaço enfim as amarras
Que prendem o meu coração.
10/12/1991