Perdoem a tristeza dos meus versos

Não quero que ninguém sofra meus sofrimentos

Nem que sintam minhas dores

Não quero incomodar com meus lamentos

Nem atrair pena com meus dissabores

Mas se não expurgar o veneno dessa dor

Fazer a catarse do meu sofrimento em meus poemas

O que sobra é apenas um desamor

Tornando mais terrível meus dilemas

Não quero me fazer de coitado

Só preciso colocar para fora do meu coração

Que nesse peito vem batendo descompassado

Atormentando por um carrasco que se chama solidão

Marcelo Bancalero