PRISÃO DOMICILIAR*

na varanda

o sopro de uma vida se espalha

sem espelhar nas tuas asas,

o vôo peco do viver

ah, bem-te-vi!...

queria, como tu,

burlar tempo

entranhar-me ao vento

para arribar a cada alvorecer

vá ao largo, bem-te-vi!

o azul do céu está em chamas,

e, nele, paredes profanas

maculam teu planar:

sê esperto

suficiente para que não morras,

bem-te-vi...

há refúgio no pomar.

*Inspirado no texto de Djalma Filho

Patricia Essinger
Enviado por Patricia Essinger em 25/10/2007
Reeditado em 28/08/2009
Código do texto: T708750
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.