SÓ LOUCO

Na escuridão do meu quarto,

minha alma olha o breu

e, depois, sorri por ironia,

com as estrelas diluídas

na janela aberta do quarto,

fatigadas e vazias,

por mim desperdiçadas.

Na cama, eu me assisto em imagens

refletida no espelho quebrado,

e, como um louco de olhos fechados,

permito-me debochar de minha desgraça:

porque sei que a angústia passara

por mim, assim, eu surgirei das cinzas,

como uma fênix,

que não gosta dos depauperado.

Adormeci. Despertei no vácuo...

infinita dor, morte em grito,

imagens de pétalas de flores,

perfumando meu cansaço.

Quando eu despertar

desse momento

branco e preto

viverei

mais uma vez.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 09/12/2020
Reeditado em 09/12/2020
Código do texto: T7131098
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