O belo
A que realidade pertence o belo
tão excludente quanto perversa
por uma estética que versa
atrocidades como o nazismo
nada mais pode irradiar feiúra
nem teu remédio necessário à cura
nem tuas vestes do modismo
nem tua alma sem sepultura
Imperativo estético aos corpos
juízo aos expectadores tortos
que excluídos do padrão beleza
nas galerias encontram tristeza
sorrisos sem dentes e sem luz
das fezes que a estética produz
Há um cocô bonito alí
e um escarro tão lindo aqui
Não basta apodrecer...
Tem que belo ser
Até o último verme
Até o último verme