Sou abastado de ermos...

Eu sirvo, e bem, para abrigar o abandono...

Em mim ele se ajusta direito; se disfarça com

Competência e cursa anônimo com a minha face.

Sou abastado de ermos. Tem dia que o dia acorda

Sem ninguém dentro dele. É o êxtase do abandono!

Abandono é uma noite escura e fria de sentimentalidades.

É uma ruína sem nome que mora e grassa dentro da gente!

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 17/02/2021
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