A solidão em nós

Seus olhos que me negam

Me visualizam o tanto que me queres

Seu corpo que se desvia do meu vento

Sopra uma voz silenciosa que suplica

Um momento seu junto do meu

Seus braços que se cruzam

Deixam sobrando um espaço que me cabe

E me chamam a extinguir sua solidão

Meus olhos que te regam

Fazem brotar (ao meu ver) a flor em ti

Meu corpo pega carona na sua expiração

E minha vontade de você é gritante e platônica

Pois no momento não sei dizer o tanto que te quero

Mas meus braços não se cruzam

Deixo vago um espaço que milimetricamente te cabe

Para que assim transborde fora de mim a solidão

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 05/11/2007
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