Sozinho

Tão doloroso e deprimente

Tão sofrido e decadente

Sentimento de morte

Com gosto de água ardente

Perdido me sinto

Desolado eu ando

Um acidente de carro sem sinto

E a dor da queda depois de 8s voando

Me deixa confuso e perdido

Algo feio e sofrido

A dor no peito me mata

E eu ouço tudo zunindo

Não há aonde correr

Nem aonde se esconder

Não há um ombro amigo para chorar

Nem força para ao menos me ver

Um mar de merda

Muita coisa entalada na garganta

Uma vida aonde nada foi vivido

E o amor é uma mentira bem franca

Sou um poema medíocre

Escrito por alguém mediano

Sou palavras desconexas

Desse frágil e amargo humano

Alguém sujo por dentro

Mas com uma enorme frieza por fora

Ele irá embora

Ele irá nos deixar agora

Cabeleira
Enviado por Cabeleira em 20/05/2021
Código do texto: T7259932
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