Fúria 
sangria 
Uma fera reprimida 
mil anos de traumas o aprisionam 
Correntes invisíveis 
Talvez por isso suas dores aos olhos alheios sejam incompreensíveis

Demônios adormecidos 
Ele tem demônios adormecidos em sua mente 
Que estam começando a se rebelar 
Gotas de sangue e dor respingam 
E deixam vestígios no ar

​​​​​​Qual o gosto do fogo ?
Aí das línguas que provarem 
Podem se queimar 
Não existe extintor que apague estas chamas 
Regido pelo fogo e ar
Não existe alma que resista a tua tempestuosidade 
Sem naufragar 
Ou fugir
antes do furacão prestes a emergir 

A fera sem a bela 
Uma alma amargurada e incompleta 

Todo agredido também pode se tornar o agressor 
E o mesmo pode machucar sem pudor
Porém por compaixão
A Fera se trancafiou em seu castelo prisão
Cultivando flores em meio a sua solidão

Entre as chamas
Como um pássaro que perdeu seu canto 
​​​​​​ele ainda arrisca uma canção
Para curar o seu ferido coração 

 
Víctor Sigmaringa
Enviado por Víctor Sigmaringa em 20/05/2021
Código do texto: T7260348
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