Noite clímax

Noite escura. Noite solitária. Noite amiga. Noite canalha. Sussurrando aos ventos, zunidos da madrugada. Canções obscuras da morte.

Andando pelas ruas. Passos agitados. Olhares perdidos para todos os lados. O perigo te espreita na próxima esquina.

Árvores em pânico. Ratos em transe. Olhares profundos. Desejos abundantes. Caixa de papelão, frio das ruas. Aperto de mão. Frio e tentação.

Trânsito em silêncio. Em cada esquina um rosto sozinho a espera de um vidente. Metáforas dos cemitérios abertos. Músicas tristes e lamentosas.

As nuvens sumiram, a lua e as estrelas iluminam mas ninguém ver. Todos perdidos, bares e músicas, embriaguez ou desfaçatez. Nudez?

Heróis enterrados. A solta em tempos de pegadas os misteriosos seres. As almas mais puras a espera do amanhecer.

Asfalto, buracos, acidentes. Deslizes e fatalidades. Memórias vesgas de um passado apagado e amedrontado.

Carlos Emanuel
Enviado por Carlos Emanuel em 24/05/2021
Reeditado em 24/05/2021
Código do texto: T7262717
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