Grades e Argolas

Desperta, levanta e abre a janela

E a vida lá fora vem a lhe sorrir

Contempla o céu e as coisas da terra

E agradece a Deus e diz que é feliz

Acerta o relógio e faz o seu momento

A vida é um passatempo na dança das horas

Ignora a mim e aos meus sentimentos

Que se não te distrai por certo te consola

Ah! Quero crer que às vezes eu até te alegro

Lamento mas não sei fazer outra canção

Mas é só ela que trago cá dentro do peito

E na voz que ecoa do meu coração

Que vive da canção e dela se alimenta

Bem mais que as migalhas vindas do teu pão

E aquece minha alma e ela se contenta

De tudo que a mim foi ofertado...em vão

Quis a sorte ou não assim eu ter nascido

E como merecido deu-me estas argolas

E fez de mim brinquedo do teu egoísmo

Quem sabe porque o mundo não me quis lá fora

E fez de tantos sonhos minhas negras asas

Mas...pra que quero asas se eu posso voar

Por mares e montanhas, por cima das casas

sem nunca ter visto a vida...por mim sequer passar

Ah! Mas o céu pode esperar...

E eu vou cantar...eu vou cantar...

petronio paes frança
Enviado por petronio paes frança em 08/11/2007
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