Crime ou Castigo?
Que estranha metamorfose é essa
Da qual eu não me livro
Que estranho mundo de buscas e reinvenções
No qual eu me perdi
Eu que no mais das vezes egoísta
Percebo que preciso em fim
Dar os passos que me conduzirão
Se não abrir as janelas
E não deixar o ar invadir meus espaços
Não vou passar de um boato
Preso no porão
Eu que no mais das vezes seguro
Defendo o ”Q” no qual acredito
Que nem tenente ou aflito pode mudar
Alguém passa em minha rua
E deixa um lume a vagar
Pela porta entreaberta eu o vejo
Mas me protejo
E o deixo onde está
Eu que no mais das vezes cativo
Em meu insatisfeito esconderijo
Não tenho as pratas
Mas recebo os louros
Guardei todos os que não sabia usar
Eu que no mais das vezes indireto
Não estou confuso nem completo
Não estou perdido nem descoberto
Nem sentindo nem amortecido
Nem amado nem partido
Nem soldado nem bandido
Nem bem vindo nem banido
Nem crime nem castigo
08/11/07