Olhos que devoram (Arquivo Digital)

Eu tomo um gole,

Um gole que me engole.

Ando...

Entre entalhos de letras não proferidas,

Sofrendo por amores escondidos,

Por desejos entorpecidos,

E indecisões ancestrais.

Vivo de sobras,

Armazenadas em nuvens,

Subtraindo tua imagem de uma era digital.

Ainda sofro quando me fitas,

Inerte em fotos abstratas.

Mamífero carnívoro, selênico,

Vivo entre amontoados de sons não proferidos,

Atormentado por amores escondidos,

Cheio de vontades desiguais.

A luz dos teus olhos,

São espólios de uma realidade virtual,

Fruto do furto de uma era digital.

(Você postou uma foto hoje)

Reudes
Enviado por Reudes em 31/10/2021
Reeditado em 17/04/2024
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