Espírito Prantos

Essa é a fase de um jogo

Num estabelecimento antiquado

Num equipamento obsoleto

Esse morticínio no meu hipocampo

Não me deixa ir

Para a festa onde todos estão

O desencontro torna-se Deus

O desencontro torna-se Deus

A máquina mais orgânica que existe

A cópia da antiga novidade

E aqueles que tramaram

Para o instante triunfante

Tornaram-se os espíritos do anonimato

Que entediam as aulas

Que as mães preocupadas clamam

Para que tomem posse da alma de seus filhos

E o desencontro torna-se Deus

O desencontro torna-se Deus

Um teto que se distancia cada vez mais

Qual de nós é o que se afasta?

Quando a lâmpada queima, não consigo trocar

E fico na escuridão

Tentando me lembrar de um nome

É tão familiar que se torna um mistério

Que não tem mais forças

Para rodopiar por entre os lábios

Nem a chuva vem...

E agora eu prefiro viver do que ter amigos

O desencontro torna-se Deus

E o desencontro torna-se Deus

Você está voando sem sorrir

Você está voando e não quer sorrir