CACOS DE MIM

 

Ninguém recolhe

Os cacos de mim

Ninguém escolhe

Dançar comigo

Como se eu fosse

Algum perigo

E não oferecesse

Nenhum abrigo.

 

Ninguém cultiva

Cactos em mim

Já que eu sou

Tão deserto assim

Posso ser árido

Mas não tenso

Cultivo flores

No meu jardim

Suspenso.

 

Ninguém recolhe

Os cacos de mim

Como se eu fosse

Os cacos do fim

Da noite de festa

Verme que infesta

O final da magia

Anunciando o sol

De um novo dia.

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 25/01/2022
Código do texto: T7437430
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