NO MEU COLÇHÃO DE PALHA.

No meu colchão de palha rústico estendido ao chão batido,

por um tempo muito curto fomos mulher e marido,

não te faltava aconchego pois desposavas do meu corpo,

macio cheirando a leite dizendo-te palavras doces,

te confessei o inconfessável falei de mim mais que devia,

te ilustrei todos os medos que desde cedo eu padecia,

tu me juraste intenso amor perante o sol na luz do dia,

e quando a noite se achegava tu em meu corpo te encostavas,

e as lindas palavras repetias,

Mas eu sentia no vento brando que as minhas faces arrefecia,

que o teu discurso era fajuto e em breve tu desaparecias,

não me tivestes hombridade mas fui mulher inda criança,

te dei bem mais do que prometi mas me roubastes as esperanças.

MJ.