No Jângal

No Jângal

Delasnieve Daspet

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No ar, o cheiro de terra molhada.

No chão , o piso lavado pela chuva.

O cheiro da terra me toma.

Espio entre as árvores,

Na solidão, o silêncio interroga.

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Entro no jângal.

A mata densa me abraça.

Estamos sós – eu e a floresta imensa,

As folhas secas mudam de lugar com o vento.

O Flamboyant, o Ipê, a Sibipiruna, o Oiti,

Estão lá. Sempre na mesma posição.

Vestidas de silêncio e solidão.

Como eu.

03.09.21