Solidão que me adoça

A solidão é como uma prisão de portas abertas que eu posso sair a hora que eu quiser.

Mas ela também é como uma prostituta que satisfaz todos os meus meus desejos eróticos, é viciante, me ludibria.

A solidão me obriga a ficar frente a frente com meus demônios internos...

Ela é perversa, mas também é meiga.

Ela é hostil, mas também é hospitaleira.

Ela é agitada, mas também é calmaria.

Ela cochicha no meu ouvido: " agora você pode ser você mesma!"

Ela é atrevida, basta todos irem que ela vem me fazer companhia, mesmo que eu à rejeite!

Nunca pede licença para entrar, às vezes estou cercada de pessoas e mesmo assim ela insiste em ficar.

Ela me maltrata, mas também me trata.

Ela me machuca, mas também me cura.

Ela me faz chorar, mas também arranca risos que ninguém nunca irá ver.

Ela é amarga e mesmo assim me adoça.