O atol.

Esqueça a vida e cresça

Essa história começa

Quando o deus-Sol questiona a Deus

Se deveria concentrar sua atenção

Mais ao atol, perdido no infinito

Ou se ao varal onde, estendidos meus lençóis

À luz do dia refletiam sonhos tão bonitos

Invisíveis aos olhos de ver

A dúvida da estrela

O olhar de Deus

Sonhos de linho

Espinho que se pisa sempre que se pensa

Estar vivendo a vida como a vida quer

Esqueça a vida e viva e deixe

Que um feixe assim, de luz, ilumine

Seu sonho esquecido, indivisíveis sonhos meus

A luz do dia, vida uma oração

Eu sei que o mundo me esqueceu

Porém, Deus não.

Edson Ricardo Paiva.