Asfixia
Asfixia
Ah! essa solidão eterna
que talha a alma da vida,
como o aço frio da espada
sem piedade a carne decepa.
Ah! ser bestial e bastardo,
não me chames de amigo.
Afasta-te do meu caminho
e não abraces meu corpo.
És de um mundo demoníaco,
feito de desamor e egoísmo.
Respiras o ar que não respiro,
e sentes aquilo que não sinto.
Larga a âncora que o prende
a mim, e abandona meu casebre.
Teu companheiro de berço pobre
é a perversão que não faço parte.
15/05/05 Anderson Aguilar