NOS BRAÇOS DE MINHA SOLIDÃO

Escondo meu ser de mim,

Oculto meus olhos para não enxergar

O destino cruel que me tortura

E o algoz que busca meu fim.

Escondo-me de meu corpo e minha mente,

Desejaria ser asas para fugir do meu desejo,

E encontrar-me em meu próprio cortejo.

Caminhando pela penumbra,

Encontro meu refúgio nas cinzas

Onde tudo se finda.

Meus versos, abandonarei numa caverna profunda,

Deixarei-os lá abraçados com minha paixão

E seguirei para os fieis braços de minha solidão.

Vicente Mércio
Enviado por Vicente Mércio em 19/08/2022
Código do texto: T7585982
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