O princípio
bateu em cores
esfuziantes,
carregadas de flores,
do tamanho do mundo,
do tamanho que a gente
podia abraçar.
No princípio foi a hora.
No início, éramos esperanças
escondidas na falência.
Depois, os minutos se
aprumaram. Se abrumavam
como cotovias sonolentas.
Um dia veio outro dia
e eles não cansavam de
passar, como ave afoita
atrás do ninho.
E ninguém é outro dia,
o amanhã não tem dono !
E tudo, de repente,
ficou sem sentido,
não havia lados
para lugar nenhum:
o lado de lá era a espera.
O de o de cá
o fundo da água.
Que nadava no fundo do poço.
Moro no Morro dos Descasos!
Sou disponível aos ventos,
e o ao aparato da lua cansada.
Dor que buliça o interior
e faz a gente perguntar
de onde veio o senão?
Mas cadê a lua?
sempre debruçada no
no meu átrio!
Mas cadê a vida?
Sempre perdida nos sonhos
da meia-noite. sem pátria!
Mas cadê a cor ??
Do amor amigo,
virou amor de brincar.
Fui palha
e você só brincava
de fósforos !
E no pricípio foi a hora!
E no final foi a hora
abanada pelo fogo !