Não quero que a lua me olhe

Não quero ficar sozinho com essa lua me fitando,

Ela é de tantos e eu preciso de uma apenas,

Um coração precioso e amoroso para tirar-me dessa solidão.

Ao longe escuto a delicadeza sonora de uma harpa,

Me seguro para não chorar e voar com a preciosa melodia,

Antiga amada de meus versos me encantava com o purificar

Gracioso e reluzente duma harpa angelical.

Não posso escutar a voz lírica de minha alma,

Meus ouvidos dedicados ao som do belo entorpecem-se.

Reflito em madrugadas gentis e finas de invernos e lágrimas.

Minha arma é a folha rupestre de cada página sagrada

De meus versos primorosos e etéreos.

Não quero andar nesta escuridão sozinho,

As aragens nubladas e perfumadas da noite gelam

Minha alma em busca de ternura e sonhos.

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 15/11/2022
Reeditado em 15/11/2022
Código do texto: T7650741
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